A rapariga mandjako
Rui Catalão

GUINÉ

PORTUGAL

ARTISTAS

Joãozinho da Costa

Rui Catalão

Horário

qui. 20h00 | sex. 21h00 | sab. 20h00*


Local

Morada

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“Cuida da tua irmã.” Joãozinho da Costa cresceu em plena guerra civil e tinha 11 anos quando deixou Bissau, na sequência do golpe de Estado que derrubou o governo de Kumba Yalá. Veio com os irmãos para Portugal, onde se juntou ao pai, e nunca mais voltou. 16 anos depois, convidei-o para regressar a esses anos de transição entre dois mundos, entre duas idades e logo na primeira semana de trabalho ele anunciou-me que ia regressar à Guiné para visitar a mãe. É a primeira vez que irá revê-la, desde que veio para Portugal. O mais espantoso foi ter-me dito que durante estes anos todos nunca lhe ocorreu regressar.

A frase de despedida da mãe – “cuida da tua irmã” – ainda hoje ressoa na sua memória. Porque é que ela lhe disse semelhante coisa, quando o Joãozinho era ainda uma criança, pouco maior do que a irmã, e tinha até irmãos mais velhos? O que viu a mãe nele para lhe legar essa responsabilidade?

“A rapariga mandjako” relata o despertar de Joãozinho para a consciência de si mesmo e das suas acções, a partir do momento em que o pai lhe faz uma proposta de noivado com uma rapariga da sua etnia. A sua recusa leva-o a aproximar-se de outra rapariga que conhece no Vale da Amoreira, e que lhe é apresentada como “Jennifer Lopez”.


Essa rapariga vai encaminhá-lo por um labirinto de identidades e estados emocionais, em que ele se esquiva das tradições e superstições da cultura mandjako e procura integrar-se nos padrões de comportamento da vida moderna. Até finalmente descobrir, no verso de um Bilhete de Identidade, que a rapariga mandjako de que ele julgava fugir é a mesma rapariga moderna que ele julgou encontrar.


“A rapariga mandjako” é o terceiro solo que faço com intérpretes do Vale da Amoreira, depois de “Medo a caminho” com Luís Mucauro e “Adriano já não mora a aqui”, com Adriano Diouf. Recolha de memórias pessoais desde a infância, as três peças centram-se no crescimento dos protagonistas, e de como fizeram a transição da juventude para a idade adulta.

Joãozinho da Costa trabalha comigo desde que nos conhecemos em 2016, num workshop organizado no CEA - centro de experimentação artística da Moita. Desde então vem participando em todas as minhas peças colectivas: “E agora nós”, “Jornalismo amadorismo hipnotismo” e “Último Slow”, assim como prestações pontuais em “Judite” e “Assembleia”.

Dramaturgia e encenação: Joãozinho da Costa e Rui Catalão

Luzes: João Chicó

Produção Executiva: Marta Moreira

Produção: [PI] Produções Independentes

Coprodução: Câmara Municipal da Moita / Centro de Experimentação Artística; Fiar – Festival Internacional de Artes de Rua

[PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.


ENTRADA LIVRE

Sujeita à lotação do espaço


Morada: Campo de Santa Clara, 200


* Sessão de 21 set. com interpretação de Língua Gestual Portuguesa a cargo da Federação Portuguesa das Associações de Surdos.

Contactos

SEDE PERMANENTE

Estrada de Benfica, nº 400

1º E. 1500-101 Lisboa, Portugal

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