Esta visita ao Palacete da Quinta Alegre e aos seus jardins, hoje propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, permite um encontro com o único exemplar aberto ao público e totalmente recuperado e preservado das múltiplas casas fidalgas da Charneca dos séculos XVIII e XIX. Bem como um encontro com a Charneca do século XX e como aí se instalaram circos e cinemas ambulantes.

Relembrando e visitando as ruínas do Cine-Estrela, muito próximas da Quinta Alegre, assistimos também à exibição de um pequeno vídeo, A CÉU ABERTO, realizado a partir das memórias sobre esse cinema, partilhadas pela população local.

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A CÉU ABERTO

Ana Monção e Ana Gonçalves

2022, PRT, 14'

Uma curta poética, resultado das filmagens do projeto artístico e performativo criado por Raquel Belchior e equipa, e desenvolvido nas ruínas do Cine-Estrela, na Charneca, a partir das memórias das pessoas que antigamente frequentavam esse cinema.

Um tributo a todos os cinemas portugueses e europeus já encerrados que, periféricos e em condições de funcionamento muito precárias, animaram os serões das comunidades onde existiram e contribuíram para a disseminação do interesse pelo cinema. O projeto teatral, um desafio do TODOS, foi apresentado em diferentes fases de trabalho em 2021 e em 2022. O vídeo, autónomo, é um outro objeto artístico que agora se exibe – depois das suas apresentações no 'Ciclope - Cinema São Jorge' e na Maratonina di Primavera, em Roma, Itália.