O TODOS - Caminhada de Culturas celebra, desde 2009, Lisboa como cidade intercultural através das artes performativas contemporâneas.

Promovido entre a Academia de Produtores Culturais e a Câmara Municipal de Lisboa, o TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração, convidando os públicos ao convívio entre culturas de todo o mundo, na capital portuguesa.

TODOS 2025
12, 13, 14 set em Arroios
"Lado a Lado"

Estar Lado a Lado é mais do que uma imagem bonita: é um exercício de atenção e empatia. Um compromisso com a escuta, com o cuidado e com a construção de proximidade verdadeira entre
pessoas que, apesar de partilharem o mesmo espaço, muitas vezes vivem em mundos separados.

O que significa, hoje, estar próximo de alguém? Será que viver lado a lado é o mesmo que conhecer o outro? Podemos dizer que compreendemos quem vive ao nosso redor? E queremos mesmo saber mais sobre essas pessoas?

Em Arroios, freguesia historicamente solidária e profundamente marcada pela diversidade cultural, estas perguntas ganham ainda mais peso. Numa cidade onde o isolamento dos mais velhos é crescente, onde muitas pessoas imigrantes vivem longe das suas famílias ou em situações de vulnerabilidade, torna-se urgente reavaliar o que nos liga e o que nos separa.

O TODOS – Caminhada de Culturas tem procurado, desde 2009, responder a esta realidade com uma proposta simples mas, acreditamos, com potencial transformador: criar espaços de encontro entre diferentes. Acreditamos que a cultura tem o poder de abrir caminhos entre mundos, de fazer pontes entre pessoas, de iluminar o que é invisível.

Por isso, nesta 17.ª edição, escolhemos voltar a Arroios com um programa construído em diálogo com o território e com as suas comunidades. Uma programação de proximidade, pensada para envolver ativamente quem cá vive e quem por cá passa, cruzando gerações, geografias e formas de estar. Queremos que cada atividade seja, também, um gesto de escuta, de contemplação e de partilha.

Num tempo de polarizações e ruído constante, acreditamos que é preciso parar; olhar à volta; observar o que é visível e procurar desvendar o invisível; criar espaços de escuta. Para, através destes gestos, imaginar outras formas de viver juntos. Para construir, com tempo, uma cidade mais justa, mais atenta, mais nossa – uma cidade de TODOS.


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